Badajoz, 18, 19 e 20 de abril de 2018
O fundamento social da arquitetura; do vernáculo e do Moderno, uma síntese cheia de oportunidades
Comité Científico: Manuel Fortea Luna (coordinación), Alexandre Alves Costa, María de los Ángeles Durán de las Heras, Carmen Espegel Alonso, María del Mar Lozano Bartolozzi, Maria Martone, Carlos Nárdiz Ortiz, Nicolás Ortega Cantero, Juan Antonio Ortiz Orueta, José Manuel Pedreirinho, Víctor Pérez Escolano, Ismael Sánchez Expósito, Ana Tostões y Ana Vaz Milheiro
Sede do Congresso: Palacio de Congresos Manuel Rojas, Ronda del Pilar, Badajoz
Organizado em conjunto pela Fundação DOCOMOMO Ibérico, o Colegio de Arquitectos de Extremadura, a Dirección General de Arquitectura e a Dirección General de Bibliotecas, Museos y Patrimonio Cultural da Junta de Extremadura, bem como a Universidade de Extremadura, o Instituto do Património Cultural de Espanha, a Universidade de Évora e a Ordem dos Arquitetos de Portugal, o congresso se convocó sob o lema “O fundamento social da arquitectura; do vernáculo e do Moderno, uma síntese cheia de oportunidades”.
O debate sobre o tema do Congresso gira em torno de três linhas propostas: “Do Vernáculo e do Moderno“, “O rastro do Movimiento Moderno em Extremadura. as aldeias de colonização” e “O património do Movimiento Moderno como oportunidade e ferramenta de futuro. A quem está dirigido?“.
Enunciado do Congresso
A complexa realidade geográfica e cronológica da modernidade arquitetónica em Espanha tem vindo a ser revista desde a década de 1970 através de estudos, monografias, inventários, teses de doutoramento, guias, etc. No entanto, é nos últimos anos quando se estão a desenvolver projetos de investigação que afetam os aspectos territoriais, o urbanismo e a arquitetura quer doméstica quer de equipamentos públicos e industriais, relacionados com Extremadura.
Por isso, a arquitetura do Movimento Moderno das suas cidades (com arquitetos que contribuíram com obras com personalidade como Francisco Vaca, Rodolfo Martínez, os irmãos Morcillo, Ángel Pérez, Francisco Calvo Traspaderne, Luis Gutiérrez Soto ou López Montenegro) e as suas Cidades de Colonização (com projetos de Fernández del Amo, Alejandro de la Sota, José Antonio Corrales, Carlos Arniches, Rafael Leoz e outros), está a tornar-se conhecida uma circunstância chave para a nossa região.
Por outro lado, em Portugal, alguns dos seus arquitetos mais significativos para a consolidação de uma modernidade enraizada em importantes batalhas contra a situação estabelecida (de Honório Viana de Lima a Keil do Amaral, Carlos Ramos, Alberto Pessoa, Nuno Teotónio Pereira e outros) ou o próprio Fernando Távora, precursor e pai espiritual da consagrada e conhecida Escola do Porto, são autores de uma obra praticamente desconhecida no nosso país.
No entanto, atualmente somos testemunhos da dificuldade em transmitir a importância desta arquitetura à sociedade, que corre o risco de ser distorcida se não trabalharmos de forma decisiva para a valorizar. Uma arquitetura de qualidade, muitas vezes de assinatura reconhecida, comparável em termos de igualdade à desenvolvida em outras regiões espanholas e europeias. Arquitetura cujo valor essencial consiste em ser um reflexo fiel de um momento de transformações fulcrais na sociedade extremenha, da sua irrupção na modernidade. Arquitetura profundamente enraizada nas nossas paisagens e na nossa memória coletiva. Património Cultural, em soma. Arquitetura de interesse e utilidade, carregada de potencialidades para os usos de nosso tempo, pois é identificada com os pressupostos do racionalismo arquitetónico, muitos dos quais ainda gozam de total validade.
Em qualquer caso, achamos que a arquitetura do Movimento Moderno na nossa Comunidade é uma realidade insuficientemente reconhecida e pouco valorizada, que precisa de vias que a aproximem desde a comunidade científica às administrações públicas e, é claro, à sociedade em geral, ao tempo que é depositária e apoio deste património. É hora de seguir o caminho em busca de novas “formas de habitar” essa herança como exemplo de lugares ainda vivos, onde a sociedade do século XXI pode desenvolver as atividades própias do seu tempo.
Este caminho está alinhado com os desafios atuais da sociedade, uma sociedade sustentável, cujo desenvolvimento social, económico, cultural e político assegura as suas necessidades atuais sem comprometer as necessidades das gerações vindouras. Assim, reconhecer o contributo da arquitetura do Movimento Moderno coloca-nos numa posição inicial de vantagem para promover uns princípios de sustentabilidade, considerando este legado matéria-prima legítima na construção do futuro.
Por outro lado, a localização da Extremadura, que partilha 428 km de fronteira com Portugal, e a fluente relação social e institucional permitem enfrentar sob uma perspetiva transfronteiriça a análise de possíveis paralelismos e as evidentes diferenças e as suas novas oportunidades do Movimento Moderno em ambos os lados da Raia.
Metas
O X Congresso do DOCOMOMO Ibérico em Badajoz “O fundamento social da arquitetura; do vernáculo e do Moderno, uma síntese cheia de oportunidades “oferecerá a ocasião de debater os caminhos para dinamizar todo esse património moderno, transformando-o em recurso sustentável, capaz de se tornar motor de novas oportunidades para a sociedade em seu redor, questão essa que fortalece a adequação desta candidatura.
O rastro
- Conhecer a renovação que o Movimento Moderno representou em cada território.
- Estudar os novos modelos de cidade dentro do Movimento Moderno; dos equipamentos para os edifícios industriais.
- Considerar as transformações sociais, antropológicas e estéticas derivadas do novo uso do espaço e a tipologia ou singularidade construtiva, do habitat à unidade habitacional; dos equipamentos aos edifícios industriais.
- Visibilizar a relação entre o construído, o ambiente territorial e o contexto económico e social, bem como a sua influência na formação de uma paisagem cultural.
A viagem
- Discutir estratégias para a avaliação social do legado do Movimento Moderno, encorajando uma nova cultura enraizada na própria sociedade que a usufrui e que se deve identificar com ela.
- Estudar o património do Movimento Moderno dentro do seu contexto, analisando as suas potencialidades como motor social para o desenvolvimento presente e futuro do contexto onde se desenvolve.
- Estabelecer a existência de ligações entre o global e o local em certas fases do Movimento Moderno, procurando respostas no contexto da globalização atual.
- Incentivar a gestão pública a uma nova leitura que permita a implementação de mecanismos de gestão afastados do estatismo, que acompanhem e concordem com novas dinâmicas e ritmos sociais.
Comité de Honra
Celestino García Braña, Fundación DOCOMOMO Ibérico
Ana Tostões, DOCOMOMO Internacional
María Ángeles López Amado, Junta de Extremadura. Consejería de Sanidad y Políticas Sociales. Dirección General de Arquitectura
Francisco Pérez Urban, Junta de Extremadura. Presidencia de la Junta de Extremadura. Dirección General de Bibliotecas, Museos y Patrimonio Cultural
Jordi Ludevid, Consejo Superior de Colegios de Arquitectos de España
Juan Antonio Ortiz Orueta, Colegio Oficial de Arquitectos de Extremadura
José Manuel Pedreirinho, Ordem dos Arquitectos de Portugal
Sergio Diestro Menacho, Federación de Entidades Locales Menores de Extremadura
Comité Organizador
Susana Landrove Bossut, Fundación DOCOMOMO Ibérico
Esther Gamero Ceballos-Zúñiga, Junta de Extremadura. Consejería de Sanidad y Políticas Sociales. Dirección General de Arquitectura
José Javier Cano Ramos, Junta de Extremadura. Presidencia de la Junta de Extremadura. Dirección General de Bibliotecas, Museos y Patrimonio Cultural
Jorge Candela Maestú, Colegio Oficial de Arquitectos de Extremadura
Luis González Jiménez, Universidad de ExtremaduraIsabel Argerich Fernández, Instituto de Patrimonio Cultural de España
Daniel Jiménez Ferrera, Universidade de Évora
Ana Paula Baptista, Ordem dos Arquitectos de Portugal