Políticas de autor ou políticas sociais?: Nuno Portas e o papel do arquitecto em Portugal

Autor: Oliveira, Joana Rafaela Fernandes de
Data: 2013
Diretor: Grande, Nuno y Lopes, Diogo Seixas
Universidade: Universidade de Coimbra
Escola o Faculdade: Faculdade de Ciências e Tecnologia
Departamento: Departamento de Arquitectura
Fonte: ESTUDO GERAL Repositório Digital

Resumo

POLÍTICAS DE AUTOR, POLÍTICAS SOCIAIS Nuno Portas e o papel do arquitecto em Portugal É em períodos de crise que a crítica aparece mais vincada e mais frontal, como forma de interrogação sobre dúvidas que se levantam. Por estar ligada à construção material do mundo, a Arquitectura é das primeiras áreas do pensamento e das artes a assinalar esses momentos. Por outro lado, procura também outras afirmações para refutar o que tinha sido feito até então. Na segunda metade do século XX, entre o rescaldo do fim dos CIAM (Congresso Internacional de Arquitectura Moderna) e o aparecimento de vias críticas europeias muito fortes (nomeadamente, em Inglaterra e Itália), surge a necessidade de reinterpretar e rever o Movimento Moderno. Nuno Portas foi, em Portugal, umas das pedras basilares para a construção dessa outra via: uma arquitectura moderna construída com uma forte significação contemporânea e social. Numa altura em que a ditadura salazarista deixou de exercer tanto poder na expressão de um estilo de construção, e após o Congresso Nacional de Arquitectos de 1948, os dois maiores pólos de ensino e debate da profissão – Lisboa e Porto – unem-se no Inquérito à Arquitectura Regional Portuguesa. É neste cenário que a crítica de arquitectura ganhou o seu verdadeiro âmago na figura de Nuno Portas e da revista Arquitectura, fundamental na discussão do Movimento Moderno em Portugal. Com os seus textos e entrevistas publicados nas mais variadas revistas nacionais e internacionais da especialidade, mostrou projectos de arquitectos emergentes como Álvaro Siza, Manuel Tainha, Vítor Figueiredo e Nuno Teotónio Pereira. O seu artigo, A responsabilidade de uma novíssima geração no Movimento Moderno em Portugal, foi o mote que deu início à internacionalização da arquitectura nacional. No entanto, Nuno Portas vive o paradoxo de defender esses profissionais enquanto autores, e a convicção de que o arquitecto tem acima de tudo uma função social. Ou seja, está ao serviço da comunidade revogando qualquer tipo de vedetismo.

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