Resumo
Arquitecto formado na Escola de Belas Artes do Porto em 1948, membro fundador da Organização dos Arquitectos Modernos e do grupo CIAM/Porto, João Andresen figura entre os mais destacados e proeminentes autores da geração moderna portuguesa do pós-guerra, apesar do percurso profissional de apenas duas décadas. Concorrendo para a divulgação, conhecimento e interpretação do seu trabalho, no âmbito da história e teoria da arquitectura do Movimento Moderno em Portugal, a dissertação analisa e aborda a sua obra a partir de uma dupla perspectiva: a partir daquilo que tem de inconstante e variável, marcada por diferentes experiências, influências e contaminações – da teoria de Giedion, das propostas de Le Corbusier, do modernismo brasileiro ou da arquitectura norte-americana, e, por outro lado, a partir daquilo que demonstrativa e invariavelmente permanece e perdura, rasgos, temas e aspectos particulares dos seus projectos que, de uma maneira geral, acompanham o desenvolvimento e a evolução da produção nacional entre os final de 1940 e 1960 – da ruptura com a herança da Casa Portuguesa e adesão aos ideais modernos, à revisão das teses veiculadas pelos CIAM e o regresso às questões relacionadas com a tradição, o contexto e a identidade.
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