Alejandro Herrero Ayllón. Arquitectura e investigación desde sus correspondencias, cuadernos y fotografías

Autor: Rodrigues de Oliveira, Silvana
Data: 2021
Diretor: Pérez Escolano, Víctor. Loren-Méndez, Mar. Carbajal Ballell, Rodrigo
Universidade: Universidad de Sevilla.
Escola o Faculdade: ETSA Sevilla
Departamento: Departamento de Historia, Teoría y Composición Arquitectónicas y departamento de Proyectos Arquitectónicos
Fonte: Teseo

Resumo

O propósito de esta tese é aprofundar e dar voz à carreira do arquiteto espanhol Alejandro Herrero Ayllón (Madri 1911-1977), de obra prolífica na região de Andaluzia e um dos primeiros precursores de gestos modernos nas cidades do sul, tão distantes das correntes intelectuais europeias. A investigação se inicia com a contextualização social, familiar e arquitetônica nas primeiras décadas do século XX, centrada em sua formação universitária iniciada em 1928 na Universidade de Madri, logo na Faculdade de Arquitetura com a denominada ‘turma de 1935’. Descreve suas implicações universitárias, caminho interrompido pelo período de reclusão em um sanatório devido a uma doença pulmonar, seguido pelo início da Guerra Civil Espanhola no verão de 1936. Ainda convalescente, passa um longo intervalo de introspecção em Soria, onde coincide com seu ex-professor Leopoldo Torres Balbás, consolidando uma longa amizade. O desenlace do ocorrido no seu entorno familiar e com alguns companheiros de faculdade no pós-guerra, o conduz –trás a obtenção do título de arquiteto em 1940–, a iniciar sua etapa profissional na longínqua cidade de Huelva (1940-1972). Sob as significantes mudanças do Novo Estado, atua como arquiteto de Obras Especiais, e mais tarde, como Arquiteto Municipal; cargos compartillados com o exercício livre da profissão e como Subdelegado del Instituto Nacional de la Vivenda (INV) en Huelva. Sua produção arquitetônica se centra em projetos de urbanismo e numa grande diversidade de projetos de moradias sociais –eixo principal deste estudo: povoados e bairros para pescadores e mineiros em ambientes costeiros e rurais; conjuntos residenciais urbanos– e um reduzido número de projetos particulares. Sua obra arquitetônica e teórica foi parcialmente divulgada nos meios especializados de su época. A catalogação de duas das suas obras no registro DOCOMOMO Ibérico confirma o interesse da sua produção; assim como, a recorrente citação de seus textos em artigos atuais que revisam a arquitetura daquela etapa. A metodologia qualitativa do estudo de casos reune uma mesurada seleção de obras construídas, onde é possível reconhecer seu pensamento teórico, convertendo-as em obras singulares na sua trajetória. O fio condutor da investigação se apoia em documentos relevantes e inéditos do arquiteto, atualmente depositados no Arquivo Municipal de Huelva (AMH), especialmente no “Fondo Alejandro Herrero Ayllón” (FAHA); composto de dossiês de projetos, fotografias, escritos, apostilas acadêmicas, notas e abundantes correspondências privadas: com Leopoldo Torres Balbás, Félix Candela, Eduardo Robles Piquer, Carlos de Miguel, José Fonseca, etc. As relações epistolares encontradas são fontes imprescindíveis de informações, pois, desde diferentes territórios e retiros pessoais, descrevem suas vidas diárias e atividades profissionais, falam das suas arquiteturas, dos seus primeiros artigos e conferências. Compartilham afinidades e diferenças, fragilidades e certezas; comunicações que atuam como salva-vidas pontuais da cultura na época cinza do pós-guerra. A partir daquelas gavetas de lembranças se mostra seu silenciado itinerário, capaz de aportar uma visão mais humana ao contexto histórico e intelectual da sua própria arquitetura, e, que também ampliará a histórias de outros protagonistas em situações coetâneas.

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